Comunhão dos Santos,Comunión de los Santos, Communion of Saints, Comunione dei Santi


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domingo, 1 de janeiro de 2017

P. Abílio Gomes Correia orientou a pastoral da Paróquia, seguindo o exemplo do Santo Cura D´Ars e as orientações do Papa S. Pio X.

1º volume sobre a vida do P. Abílio e a Eucaristia.

Eis como será a Nota Introdutória
“Padre Abílio intercede
ao teu e nosso Jesus:
que a gente de S. Mamede
caminhe sempre na Luz”.
Silva Araújo
NOTA INTRODUTÓRIA
Ao escrever este livro sobre o P. Abílio Gomes Correia, tive em mente que a pessoa é ela e as suas circunstâncias.Para compreendermos a vida de alguém, precisamos conhecer a família, a educação que teve, o ambiente em que se desenvolveu e as circunstâncias sócio – culturais em que a sua vida decorreu.
A família do P. Abílio era numerosa, de condição económica desafogada, relacionada com muita gente, devido a albergar almocreves que vindo de Barcelos ,  pernoitavam em sua casa e traziam e levavam notícias para onde iam.A escola era rigorosa e os Seminários de Braga, onde estudou, sabiam preparar sacerdotes, capazes de responder às necessidades do tempo.
O ambiente nacional era caraterizado por grande instabilidade: a Monarquia estava no fim, o regicídio abalou Portugal, a República desiludiu as gentes cristãs com os seus princípios anárquicos e persecutórios à Igreja Católica.
No tempo em que cursou o Seminário, a luta entre a imprensa católica e a outra, era feroz.
Sem nunca participar ativamente na “guerra”, sentia-lhe os efeitos e, naturalmente, sofria.Teve superiores e professores altamente qualificados e foi sempre um bom aluno.Quando começou a viver em S. Mamede de Este, deparou com um mundo totalmente diferente daquele a que estava habituado: de uma casa farte, passou a uma vida muito pobre; a geografia da terra, era diferente da da sua; os hábitos e tarefas, diversos. Enfim, um mundo novo.
Houve a mudança de regime político, que o apanhou em cheio: leu, naturalmente, a Nota do Episcopado e teve de fugir, pois a Carbonária, procurou deitar-lhe a mão; os bens da Igreja, foram todos nacionalizados; os costumes, eram originais; a gente, sendo cumpridoras dos seus deveres religiosos, moralmente falando, deixava bastante a desejar; a Igreja Paroquial e a Residência precisavam de obras urgentes. Em casa, vivia com a irmã de leite.
Voltou-se para Deus e ligou-se à espiritualidade dos Padres Sacramentinos, que têm como centro a Santíssima Eucaristia.
Orientou a pastoral da Paróquia, seguindo o exemplo do Santo Cura D´Ars e as orientações do Papa S. Pio X.
Fez diversas fundações religiosas, todas relacionadas com a Eucaristia.
Surge a Primeira Grande Guerra Mundial, tendo ele sido apurado para a tropa; funda uma revista mensal, dando-lhe o nome de Mensageiro Eucarístico, que, dentro de pouco tempo, atingiu um número elevadíssimo de assinantes; dão-se as Aparições de Fátima; acompanha o Prelado a Roma e participa no 26º Congresso Eucarístico Mundial, regressando com a ideia fixa de fazer, em Braga, algo semelhante ao que presenciou. Garantiu ao Sr. Arcebispo que se encarregava das despesas, que seriam muito elevadas. E abriu uma subscrição, no Mensageiro om essa finalidade.
O Primeiro Congresso Eucarístico realizou-se e foi um êxito.
E assim nasce a década gloriosa dos Congressos Eucarísticos, Diocesanos e Nacionais, que mudou tudo neste País: os cristãos saíram para a rua e manifestaram os seus sentimentos: grandes oradores, empolgaram multidões; a imprensa católica relatava os acontecimentos e exigia respeito pelos princípios cristãos.
O Regime político mudou e a vida religiosa readquiriu os seus direitos.
No meio de tudo isto, o P. Abílio, resguardado no seu canto, rezava, escrevia e apoiava as verdadeiras causas. Na sua revista, orientava a oração das Paróquia do País, com as Adorações que todos os meses publicava. Divulgava a vida dos Santos, sobretudo a daqueles que mais infuenciaram o culto eucarístico.
Foi amigo e conselheiro de todos os Prelados a quem sempre obedeceu e colaborou toda a vida.
A vida da Paróquia mudou e ele contribuiu decisivamente para a mudança radical do País.
Por todos estes motivos, procurei, neste 1º volume, apresentar as circunstâncias em que o P. Abílio viveu, até ser chamado por D. Manuel Vieira de Matos a ir resolver problemas antigos no Hospital de S. Marcos, que muito prejudicavam a Instituição. Dediquei este volume aos Venerandos Arcebispo de Braga, que promoveram a Causa de Canonização do Sr. P. Abílio, e às Paróquias onde ele nasceu e trabalhou. Para não sobrecarregar o texto destinado a uma leitura seguida, coloquei em Apêndice, aquilo que só interessará aos mais curiosos.
Espero, assim, responder a todos.
Oxalá os leitores tirem deste livro almas coisas interessantes para a sua vida.
A. C.Neiva

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