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domingo, 1 de janeiro de 2017

O Sagrado Lausperene, tal como o celebramos hoje, nasceu em S. Mamede de Este, no dia 29 de Dezembro de 1910, sob a orientação do Sr. P. Abílio Gomes Correia.

LAUSPERENE  – Um pouco da história

1.O Sagrado Lausperene, tal como o celebramos hoje, nasceu em S. Mamede de Este, no dia 29 de Dezembro de 1910, sob a orientação do Sr. P. Abílio Gomes Correia.
Inspirou-se nos Padres Sacramentinos, fundando a Associação da Adoração ao Santíssimo Sacramento, dependente de Roma. O documento, muito deteriorado pelo tempo, ainda se conserva no Cartório desta Paróquia.
Os habitantes da freguesia aderiram com entusiasmo à iniciativa, apesar dos tempos adversos da República, que nacionalizou todos os bens da Igreja, perseguiu os sacerdotes que leram a Pastoral dos Bispos e impôs muitas restrições à prática religiosa. O próprio P. Abílio teve de fugir para o Gerês, donde vinha aos fins – de – semana para celebrar a Missa na sala de algum paroquiano. A Carbonário procurava prendê-lo.
A sua determinação e a coragem dos paroquianos fizeram que a Obra continuasse e se difundisse.
Em Janeiro de 1915 fundou a revista “Mensageiro Eucarístico” que chegou a ter mais de 3.000 assinantes em todo o País e nas Comunidades de língua portuguesa. A revista manteve-se, semeando o bem, até ele cegar. Nela o P. Abílio escrevia a “Adoração” que era rezada em quase todas as Paróquias, nos segundos Domingo de cada mês. Num  ambiente de oração e cânticos religiosos, essas ideias foram-se infiltrando lentamente, na cabeça dos Portugueses.
Em 1916 fundou a “Visita Diária ao Santíssimo Sacramento” e a “Associação dos Pagens do Santíssimo Sacramento”.
Portugal participou na Primeira Grande Guerra Mundial, onde morreram muitos jovens portugueses.
Em 1917, deram-se as Aparições de Nossa Senhora de Fátima.
A nível político, militar, económico e social, a nação estava num caos.
2.Nesta altura, assumiu o cargo de Arcebispo Primaz de Braga um grande homem: D. Manuel Vieira de Matos.
Fisicamente bem constituído, decidido e realizador com a experiência do exílio que lhe foi imposto pelos políticos. Como Transmontano, não sabia o que era o medo.
Em Braga, soube rodear-se de pessoas semelhantes a ele e lançou mão à obra da restauração espiritual e material da vasta Arquidiocese. Um dos que com ele colaboraram de perto foi o Padre Abílio G. Correia.
Bem depressa os frutos começaram a surgir: em 1922,o Arcebispo deslocou-se a Roma, acompanhado de alguns sacerdotes, para assistir a um Congresso Eucarístico Mundial, onde fez uma intervenção.
De lá vieram as ideias dos Congressos Eucarísticos em Portugal e a fundação do Escutismo Católico.
O primeiro Congresso Eucarístico realizou-se em Braga, em 1923. O encarregado da logística e da economia foi o P. Abílio.
Correu tão bem que no ano seguinte, ainda em Braga, celebrou-se o PRIMEIRO CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL, que mudou a atitude dos fiéis. Estes, perderam o receio de confessar publicamente a sua fé.
Em 1925, foi em GUIMARÃES que se realizou o SEGUNDO CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL, de cujas conclusões surgiu o santuário da Penha;
Em 1925, foi a PÓVOA DE VARZIM que organizou o SEGUNDO CONGRESSO EUCARÍSTICO DIOCESANO;
Em 1929, em VIANA DO CASTELO, celebrou-se o TERCEIRO CONGRESSO EUCARÍSTICO DIOCESANO.
As outras Dioceses seguiram o exemplo de Braga, incendiando o país com a devoção à Santíssima Eucaristia.
Surgiu a época da ACÇÃO CATÓLICA e a situação religiosa que conhecemos no nosso pais.
Podemos dizer que a viragem religiosa em Portugal, depois da República, surgiu e desenvolveu-se na cidade de Braga.
  1. S. Estas ideias estão amplamente desenvolvidas no livro “P. ABÍLIO G. CORREIA E EUCARISTIA”, que se encontra disponível nas livrarias.

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