Através dos ensinamentos do Senhor Jesus, Filho de Deus, o ser humano compreende que não foi criado apenas para viver um tempo limitado na vida terrena, mas para viver uma outra forma de vida, após sua morte: uma vida eterna.
Compreende também que a vida que se inicia com a morte, terá um, dos dois destinos diferentes: ou a felicidade gerada pela posse plena e definitiva de Deus, que é o Céu, ou a infelicidade gerada pela perda culposa da presença de Deus para sempre, que se chama inferno. São inúmeras as citações Bíblicas comprobatórias dessa verdade
PURGATÓRIO
Baseados na Sagrada Escritura, iluminados pelo Espírito Santo e pela reflexão teologia da igreja desde os primórdios – temos a certeza da existência do purgatório, ou seja, de um período de purificação para aqueles que morreram na amizade de Deus (em estado de graça), mas que levam consigo “impurezas, imperfeições” que precisam ser “purificadas”, para poderem entrar no céu.
Eis o ensinamento da igreja: “os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam após a morte, por uma purificação, a fim de terem uma santidade necessária para entrarem no céu”.
A Igreja denomina “purgatório” esta purificação final dos eleitos que é completamente distinta do castigo dos condenados. (Leia CIC nº 1030-31-32)
Nesse texto está uma certeza fortemente iluminadora: todos os que estão no purgatório estão salvos i irão para o céu,
Na Bíblia não ocorre o nome purgatório, mas sim a realidade da purificação. Já no Antigo Testamento, no segundo livro dos Macabeus conhecemos essa prática de “purificação dos falecidos”.
Após uma batalha onde morreram muitos de seus soldados, o general Judas Macabeu, animado por sua fé assim fez: confira em (2Mc 12,39. 43-46), (Mt. 12,31; ICor 15; IPd 1,7 )
PURIFICAÇÃO
“Todo pecado mesmo venial, acarreta um apego prejudicial ás criaturas, que exige purificação quer aqui na terra, quer depois da morte, no purgatório” (CIC nº 1472).
SOFRIMENTO
O sofrimento purificador é causado principalmente pelo fato de a pessoa estar ali pertinho de Deus e do Céu e ainda não poder entrar “por própria culpa”, por causa de seus pecados. O desejo de estar com Deus, com os Anjos e os Santos é tão profundo, tão intenso, que a espera e a demora causam “sofrimento”, como um “fogo” na alma. Tal desejo da posse do Céu vai intensificando na pessoa o amor por Deus. E é esse amor que “purga”, limpa o coração para a posse plena e eterna de Deus.
O sofrimento do purgatório é tão intenso e profundo exatamente por causa da intensidade do desejo de querer entrar no Céu, e “ainda não poder”. Tal sofrimento não deixa a pessoa infeliz, revoltada, por três motivos:
- Porque sabe que o seu Céu está garantido e que vai chegar sua hora de possuí-lo.
- Porque sabe que a “esperança e a demora” foram causadas por suas próprias culpas.
- Porque sabe que a Igreja e seus amigos vivos podem e irão socorrê-los, apressando sua purificação e sua entrada no Céu.
SOCORRO PURIFICADOR
Todo sufrágio que realizarmos pelos falecidos tem como objetivo alcançar-lhes o perdão divino e a purificação plena, a fim de que o mais depressa possam sair do sofrimento e entrar na gloria dos Céus.
Por que deixá-los sofrer, se podemos levá-los para a felicidade do Céu? Por que deixá-los esperar no sofrimento, talvez por tempo, se podemos socorrê-los rapidamente?
- A celebração da Santa Missa oferecida pelos que partiram.
- Todas as orações dirigidas a Deus em sufrágio dos que partiram.
- Obras de generosidade e caridade realizadas e oferecidas a Deus, pelos falecidos.
- As indulgências aplicáveis aos falecidos, como aquelas dos dias de finados.
A melhor de todas, a mais apreciada por Deus, a que maior poder possui para purificar os falecidos é a Santa Missa. Isso por que a Santa Missa se torna realmente presente o “Santo Sacrifício de Jesus, oferecido na Cruz”. O Sacrifício da vida de Jesus, oferecido na Cruz, é tão meritório e poderoso que pode salvar a humanidade toda!
Quem compreende o que está dito acima, vai superar a tradição de apenas oferecer missas de 7º, 30º e de aniversario de morte. Por que não oferecer Santas Missa no 1º, no 2º, no 3º, no 4º dia, todos os dias, por todas as semanas e até meses seguidos?
Se, por nossa falta de fé e de piedade, não conseguimos tirar da purificação nosso ente querido na missa de 7º dia, vamos deixá-lo sofrer e esperar nosso socorro até a Missa de 30º dia? … Ou até a Missa de um ano após a sua morte?
Vamos assim intensificar as nossas orações pelas as almas do purgatório.
Fonte: Revista Brasil Cristã
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